Entrou calado e saiu em silêncio da I mista da Petrobras o ex diretor Paulo Roberto Costa, que prometeu contar à polícia tudo o que sabe sobre corrupção na estatal em troca de ficar menos tempo na cadeia.
Um forte esquema de segurança foi montado para trazer Paulo Roberto Costa de Curitiba, onde está preso, para Brasília. De bigode, o ex-diretor de abastecimento da Petrobras mostrou-se bem diferente daquele que depôs na I exclusiva do Senado.
E não só na aparência. Naquele dia 10 de junho, ele parecia convicto. "Repudio veementemente que a Petrobras era casa de negócios, que existia organização criminosa dentro da Petrobras", disse Paulo Roberto Costa no dia 10 de junho, na I do Senado.
Na quarta-feira (17), ele preferiu o silêncio. "Vou me reservar ao direito de ficar calado", ele enfatizou.
Tudo mudou em agosto, quando Paulo Roberto decidiu contar o que sabe à Polícia Federal e ao Ministério Público, em troca de redução da pena, a chamada delação premiada, que ainda precisa ser reconhecida pela Justiça.
"A lei impede que qualquer pessoa, qualquer pessoa, se refira à eventual delação e a seu conteúdo", ressalta Rodrigo Janot, procurador-geral da República.
Parlamentares da oposição ainda tentaram transformar a sessão em secreta, na expectativa de que Paulo Roberto falasse, mas foram vencidos no voto por 10 a 8. A sessão prosseguiu aberta estratégia do ex-diretor da Petrobras permaneceu a mesma. "Eu vou permanecer calado", ele disse.
Os integrantes da MI apostam agora no Supremo Tribunal Federal para terem o às informações que Paulo Roberto Costa está ando para o Ministério Público. O pedido será feito ao presidente da Corte, Ricardo Lewandoviski, e ao ministro Teori Zavascki, relator do processo que apura as denúncias na Petrobras. Os documentos estão com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que vai participar do encontro na próxima terça-feira (23).
O presidente da I acha que a iniciativa pode dar certo. "Com os três certamente teremos resultados que possam dar a essa I a documentação tão necessária", acredita Vital do Rêgo, presidente da MI.
O Globo
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